A Worldcoin, projeto de criptomoedas que gera polêmica ao oferecer tokens em troca do escaneamento de íris, anunciou que a Argentina será o novo centro de suas operações na América Latina e não o Brasil. A equipe da Worldcoin divulgou que planeja abrir 50 pontos de atendimento em mais de 10 cidades argentinas. Além disso, duas lojas voltadas para a educação tecnológica e exploração do projeto serão inauguradas.
Presidente Milei apoia o projeto na Argentina
Os novos pontos de atendimento terão os chamados Orbs, dispositivos que escaneiam as íris das pessoas para verificar suas identidades, processo conhecido como World ID. A Worldcoin recompensará com tokens WLD os usuários que passarem por esse procedimento.
Sam Altman, é o fundador da Worldcoin e também é o criador da OpenAI. Por isso, toda essa animação sobre o assunto. Assim, de acordo com ele e seu sócio, Alex Blania, o objetivo é expandir suas operações na Argentina.
Serão criadas oportunidades para as seguintes áreas:
- desenvolvedores
- engenheiros de software
- analistas
- outros especialistas em tecnologia
Após uma reunião com o presidente argentino Javier Milei em San Francisco, Califórnia, a Worldcoin decidiu estabelecer sua sede na Argentina.
Martín Mazza, gerente regional de Tools for Humanity, destacou que a Argentina possui um ecossistema tecnológico robusto e capital humano qualificado. Então, isso torna o país o lugar ideal para o desenvolvimento de ferramentas voltadas para a era da inteligência artificial (IA).
Mais de 500 mil argentinos já passaram pelo procedimento
Segundo Mazza, Buenos Aires se tornará um centro regional importante para esses esforços. A colaboração com a comunidade local será fundamental para promover o desenvolvimento da IA e a inclusão financeira no país.
Para a Worldcoin, a escolha da Argentina ressalta a importância estratégica da América Latina em seus planos de expansão. O projeto já tem presença significativa em países como Brasil, Chile, Peru, Colômbia e México, e planeja continuar crescendo na região.
Desde que começou a operar na Argentina no ano passado, a Worldcoin já realizou o escaneamento da íris de mais de 500 mil argentinos. Isso equivale a cerca de 1% da população do país.
De qualquer forma, houve questionamentos sobre a participação de menores de idade no projeto. Mas a empresa assegura a proteção dos dados privados e não aceita a participação de menores no projeto.