segunda-feira, novembro 25, 2024
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“Amigos” roubam R$ 3,6 milhões em criptomoedas de um casal

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, com o apoio do Ministério da Justiça, prendeu duas pessoas em São Paulo e Curitiba na última quinta-feira (29), suspeitas de roubar R$ 3,6 milhões em criptomoedas de um casal. O crime foi possível porque os criminosos obtiveram as senhas das vítimas, que confiavam neles. A operação, denominada “Verbum Clavis” (palavra-chave), contou com a colaboração de um laboratório especializado em crimes cibernéticos para rastrear as criptomoedas e os suspeitos.

Imagem: PCMS / Divulgação

Especialistas ressaltam para a segurança das criptomoedas

A lei brasileira prevê que quem comete esse tipo de crime pode ser condenado a até oito anos de prisão, além de outras penas por formação de quadrilha. A investigação teve início quando o casal perdeu uma quantia milionária em criptomoedas e desconfiou de conhecidos que obtiveram suas senhas. 

Esse golpe, aparentemente planejado, serve de alerta sobre a importância da segurança digital e da cautela ao compartilhar informações sensíveis, mesmo com pessoas de confiança. Assim, os criminosos não eram hackers anônimos operando de locais remotos; eram conhecidos do casal. 

Ou seja, eram pessoas de seu convívio com livre acesso à sua casa. Assim, eles abusaram da relação de confiança para aplicar o golpe após conseguirem as palavras-chave de acesso das contas.

Esse caso destaca um aspecto frequentemente subestimado na segurança de criptomoedas: a ameaça interna. Com o aumento da adoção e do valor das criptomoedas, é fundamental que os investidores estejam atentos aos riscos e adotem medidas de proteção cada vez mais robustas.

Então, após assumir o caso, a Garras/MS acionou o Ciberlab, núcleo do MJSP especializado em operações com criptomoedas. O departamento conseguiu rastrear os ativos roubados e identificar os responsáveis pelo crime. 

O laboratório tem o papel de assessorar as diversas investigações de crimes cibernéticos no país, mapeando suspeitos ou organizações criminosas. Eles trabalham identificando provas do crime e elementos que levam a pedidos de busca e apreensão ou prisão dos autores.

A vulnerabilidade do casal não estava apenas em falhas tecnológicas ou na segurança das plataformas de criptomoedas, mas na confiança em pessoas aparentemente honestas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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