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Banco Central exige segregação patrimonial das exchanges de criptomoedas

Criptomoedas

Imagem: Banco Central / Divulgação

Os bancos no Brasil têm uma liberdade incomum em relação ao uso do dinheiro de seus clientes. Ao contrário das empresas de criptomoedas, que podem ser obrigadas a separar os ativos dos clientes dos ativos da corretora. Mas os bancos têm a liberdade de não deixar o dinheiro dos clientes em contas separadas das da instituição financeira. Então, isso significa que os bancos podem usar, emprestar e realizar diversas operações com o dinheiro depositado pelos clientes nas contas bancárias, ficando com 100% dos lucros dessas operações.

Segregação patrimonial não é aplicada nas criptomoedas.

Segregação patrimonial não é aplicada nas criptomoedas

Enquanto as instituições financeiras contam com diversos instrumentos regulatórios e a supervisão prudencial do Banco Central do Brasil para garantir a solidez e a estabilidade financeira do Sistema Financeiro Nacional, as empresas de criptomoedas ainda aguardam definições claras sobre as exigências que serão aplicadas a elas. 

A segregação patrimonial é uma das principais exigências para as empresas que atuam com Bitcoin e criptoativos no país. Mas essa regra não vale para bancos que atuam com moeda fiduciária, como o Real.

O debate sobre a segregação patrimonial e outras medidas de segurança para as empresas de criptomoedas continua em curso. Ou seja, é um debate com diferentes visões sendo apresentadas pelas partes interessadas. 

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) destaca que, mesmo sem a segregação patrimonial, os instrumentos previstos na regulação e a atuação da supervisão prudencial trazem segurança aos clientes.

Assim, em relação às criptomoedas, os bancos não são obrigados a: 

Qual seria a solução para o impasse

Mas o Banco Central pretende exigir que as empresas de criptomoedas separem os ativos dos clientes dos ativos das corretoras. A maioria das empresas de criptoativos defende essa medida, mas o Banco Central ainda não definiu sua posição sobre o tema.

Assim, o Congresso Nacional precisa aprovar uma lei para que o Banco Central implemente a segregação patrimonial para as empresas de criptomoedas. Atualmente, há dois Projetos de Lei, um na Câmara e outro no Senado, versando sobre o tema. Mas ambos não tiveram nenhuma movimentação ainda em 2024.

Portanto, diante desse cenário, fica evidente a diferença de tratamento entre bancos e empresas de criptomoedas em relação ao uso do dinheiro dos clientes. Para quem tem criptoativos fica a esperança de mais  transparência nas operações. Pois essas questões são importantes não só para a segurança dos clientes, como também para a regulamentação do mercado de criptomoedas no Brasil.

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