segunda-feira, setembro 16, 2024
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Brasil dobra investimentos em criptomoedas e chega a US$ 10,7 bilhões em 2024

O Brasil deve investir mais de US$ 10 bilhões em criptoativos até 2024. De janeiro a julho, o país já gastou US$ 10,7 bilhões, segundo o Banco Central. A receita totalizou US$ 792 milhões, resultando em um saldo negativo de US$ 9,9 bilhões. Além disso, o saldo líquido e o valor das vendas das criptomoedas cresceram 50% em relação ao ano passado.

Em agosto Brasil empata compra de criptomoedas em 2023

As despesas foram de US$ 6,1 bilhões e as receitas de US$ 180 milhões, para um saldo total de -US$ 5,9 bilhões. O valor se aproxima do saldo líquido total de -US$ 11,7 bilhões registrado em 2023.

Em julho, o BC registrou US$ 1,4 bilhão em compras e US$ 55 milhões em vendas, totalizando um saldo líquido negativo de US$ 1,36 bilhão. É provável que, até agosto, o valor gasto com criptomoedas pelos brasileiros em 2024 supere o total do ano passado.

O BC registra a compra e venda de criptoativos como despesas e receitas, respectivamente. Um saldo líquido negativo significa que as pessoas estão comprando mais ativos criptográficos.

Contudo, o impacto negativo de US$ 9,9 bilhões não pesará no resultado da balança comercial brasileira. Em junho, a Colúmbia Britânica adotou uma norma técnica publicada em 2019 pelo FMI, alterando o status das criptomoedas nas estatísticas da balança de pagamentos.

Os criptoativos sem emitentes, anteriormente tratados como ativos, são agora considerados “ativos não financeiros não produtos.” Com essa medida, a balança comercial não registra mais as importações de criptomoedas, que agora entram na conta de capitais.

Julho foi o pior mês do ano

A conta de capitais inclui operações de compra e venda de bens e transferências de capitais. A revisão metodológica é retroativa, ajudando a reduzir o déficit em conta corrente do Brasil em 2023 e 2024.

Mesmo com a mudança no status contábil das criptomoedas, o Brasil teve um déficit em conta corrente de US$ 5,1 bilhões em julho. Esse déficit resultou principalmente das importações de serviços, como transporte, seguros e viagens internacionais.

Assim, o déficit das contas externas do Brasil alcançou o maior nível desde 2019. Entre janeiro e julho, o saldo negativo foi de US$ 25,5 bilhões, mais que o dobro do ano passado.

Ao mesmo tempo, o Banco Central está abrindo consulta pública sobre a regulamentação de criptomoedas no país. O foco é a prestação de serviços de negociação e custódia, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil.

Portanto, a regulamentação das exchanges de criptomoedas só será finalizada no início de 2025. Essa informação foi fornecida por Otávio Damaso, diretor de regulação do BC.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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