sábado, julho 27, 2024
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Como o blockchain pode impulsionar o mercado de anúncios?

O aguardado desligamento dos cookies de terceiros pelo Google, que inicialmente atinge 1% dos usuários do Chrome, está em curso, com previsão de abranger toda a base até o final de 2024. Este marco, anunciado em 2021 foi adiado devido à necessidade de adaptação do mercado e levanta duas questões: As empresas e o setor publicitário estão preparados? O que isso tem a ver com o blockchain?

Privacidade sobre informações do usuário mudou tudo. Imagem: Divulgação

Privacidade sobre informações do usuário mudou tudo

Os cookies servem para personalizar a experiência online e a compreensão dessas mudanças é fundamental para sabermos como o mercado vai reagir daqui para frente. Ou seja, eles são pequenos fragmentos de dados armazenados no navegador que “recordam” informações como nome de usuário e preferências de navegação. Assim, a experiência de navegar pela internet cria uma interação mais conveniente.

Até 2018, o uso desregrado de dados do usuário era comum, evidenciado pelo escândalo do Cambridge Analytica. Assim, empresas, como a Target em 2012, que exploravam dados para prever comportamentos de consumo suas clientes para para identificar as possíveis grávidas e, com isso, ofertar produtos desse nicho para elas.

Contudo, diante do crescente foco na privacidade do usuário, o cenário está evoluindo. A desativação dos cookies pelo Google marca uma mudança significativa e a questão é saber como o mercado publicitário se comportará.

Como o blockchain pode ajudar nessa mudança

Explorando alternativas tecnológicas, destaca-se a Web 3 e seu potencial uso do blockchain para devolver controle ao usuário. Possíveis aplicações incluem:

1. Soluções de Identidade na Blockchain:

A Web3 redefine estratégias de marketing ao incorporar soluções de identidade baseadas em blockchain. Então, essa abordagem concede maior controle ao usuário sobre seus dados, com consentimento explícito para compartilhamento. Portanto, protocolos descentralizados substituem cookies, priorizando a privacidade.

2. Incentivos e Programas Tokenizados:

Na era da Web3, tokens e criptomoedas desempenham papéis-chave. Assim, profissionais de marketing podem criar programas inovadores de fidelidade, recompensando usuários por envolvimento e compartilhamento de dados. Starbucks, Nike e o time do Grêmio já exploram esse modelo, fortalecendo laços com o público.

3. Experiências Tokenizadas com NFTs:   

Os tokens não-fungíveis (NFTs) surgem como ferramentas poderosas na Web3. Profissionais de marketing podem gerar NFTs representando conteúdo exclusivo, acesso a eventos e privilégios especiais. Ou seja, essa abordagem revolucionária redefiniu a relação entre marcas e consumidores, integrando o mundo digital e real.

Em resumo, seja por meio do blockchain ou outras ferramentas, estamos diante de uma era de transformações no marketing digital. Este momento, repleto de desafios e oportunidades, moldará o futuro do setor nos próximos anos. 

Portanto, o desligamento dos cookies é mais do que uma mudança técnica; é um impulso para uma abordagem mais transparente, centrada na privacidade do usuário na era da Web3.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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