O empresário de 32 anos que foi expulso de uma padaria em Barueri, em São Paulo, por usar notebook foi preso em uma operação da Polícia Federal envolvendo criptomoedas. Ele levava uma vida de luxo nas redes sociais. Allan Barros, costumava compartilhar fotos ostentando carros de luxo e viagens a destinos exóticos como Maldivas, Londres, Paris e Abu Dhabi. Além disso, ele aparecia dirigindo motos aquáticas e presenteando parceiros de negócios com relógios de luxo.
Mais de 20 mil pessoas caíram no golpe da criptomoedas
Mas tudo isso acabou, pois a prisão temporária de Barros foi realizada em Curitiba durante uma operação da Polícia Federal chamada Fast. A investigação em questão era sobre uma associação criminosa sediada em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
O grupo é acusado de aplicar golpes no sistema financeiro por meio de criptomoedas e NFTs, resultando em um prejuízo estimado em cerca de R$ 100 milhões para aproximadamente 20 mil vítimas no Brasil e no exterior.
Então, degundo o advogado de Barros, Leonardo Dechatnik, seu cliente e a empresa Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA., da qual ele é sócio, nunca foram alvo de processos por parte de investidores. Dechatnik afirmou em nota que está colaborando com as investigações para esclarecer os fatos.
Assim, a operação da PF desmobilizou a associação criminosa responsável pelos golpes, que oferecia uma criptomoeda própria com promessas de lucros acima do mercado. Parcerias fictícias com empresas viabilizavam tudo isso.
Vítimas não conseguiam movimentar seus ativos
O delegado Maurício Todeschini explicou que, na realidade, as vítimas não conseguiam negociar as criptomoedas oferecidas. Além disso, enfrentavam dificuldades para movimentar seus ativos, resultando em denúncias que levaram à investigação da Polícia Federal.
O caso de Barros ganhou destaque após um incidente em que ele foi expulso de uma padaria em Barueri por usar seu notebook no local. O proprietário da padaria, identificado como Silvio Mazzafiori, de 65 anos, tentou agredi-lo com um pedaço de madeira. Mas acabou tropeçando e sendo contido por outras pessoas presentes no estabelecimento.
Um cliente registrou o episódio em vídeo, o que resultou na abertura de um inquérito policial para investigar a tentativa de agressão. As autoridades enfrentam desafios no combate a crimes financeiros envolvendo criptomoedas, exemplificados pela prisão de Barros e a desmobilização da associação criminosa.
Assim, a investigação da Polícia Federal continua e novas informações podem surgir à medida que o caso se desenrola.