sábado, julho 27, 2024
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Entenda como o Drex vai revolucionar a economia brasileira

Com o início da fase de testes do projeto piloto do Drex em meados deste ano, surgem questionamentos sobre o funcionamento do Real Digital e a influência da CBDC (Central Bank Digital Currency) na economia do país. Portanto, um dos principais medos é de que o papel-moeda acabe.

Dinheiro físico não deixará de existir

Assim, apesar da presença da tecnologia em várias operações cotidianas, muitos brasileiros ainda usam dinheiro físico. Uma pesquisa encomendada pela TecBan e publicada pelo Datafolha mostrou que 34% das pessoas usam caixas eletrônicos para receber salários e pagar contas. 

Ou seja, isso mostra como o dinheiro físico é importante para muitas pessoas, desde o recebimento até as compras e pagamentos. Mas é um mito a ideia de que o Drex acabará com o dinheiro físico

O Drex será uma extensão das cédulas tradicionais, sendo transacionado exclusivamente no ambiente digital. O cliente poderá depositar dinheiro em uma carteira virtual e converter em Drex, na taxa de R$ 1 para 1 Drex, sem alterações.

Então, a integração entre físico e digital é clara e as especulações sobre desintermediação dos bancos perdem força. Todas as operações envolvendo a moeda digital continuarão entre bancos e instituições financeiras, assim como a transferência de propriedade, que seguirá existindo e poderá ser feita com a moeda virtual.

Drex pode ajudar no combate à corrupção

De qualquer forma, é importante ressaltar que o Drex não é uma criptomoeda, pois será regulamentado pelo Banco Central. As criptomoedas “tradicionais” não são emitidas por autoridades monetárias. 

Portanto, uma das grandes vantagens do Drex será a segurança. Isso será possível através da tokenização e programação das transações por meio de contratos inteligentes.

Então, com a emissão desses ativos, será possível pagar bens específicos e ter prazo de validade para a transação. Quem receber o pagamento via Drex poderá converter o valor em papel-moeda quando quiser. Exemplos de “programabilidade” da CBDC brasileira incluem o pagamento de benefícios trabalhistas e sociais.

Em resumo, o Drex facilitará o trânsito entre o físico e digital, proporcionando acessibilidade, inclusão financeira, transformação, autonomia na gestão da economia e investimentos. Além disso, será um aliado poderoso para a redução da corrupção, já que a moeda funcionará na rede blockchain, rastreável e segura.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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