domingo, novembro 24, 2024
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EUA intensificam combate às ferramentas de privacidade com criptomoedas

Na última terça-feira (07), o congressista americano Sean Casten propôs uma lei que pode abalar o mundo das criptomoedas. O projeto visa proibir temporariamente que instituições financeiras transacionem com fundos que passaram por mixers de ativos digitais.

O que são os mixers de criptomoedas

Os mixers são serviços que aumentam a privacidade dos usuários de criptomoedas, misturando transações para dificultar o rastreamento. Casten, no entanto, afirma que pessoas têm usado esses serviços para fins ilícitos.

Segundo o congressista, criptomoedas roubadas e misturadas por mixers financiaram metade do programa nuclear norte-coreano. Além disso, o republicano Brad Sherman destaca que terroristas e pessoas que evitam sanções e impostos usam esses serviços.

Mas a guerra dos EUA contra os mixers não é nova. Em 2022, o governo americano sancionou o Blender.io, o primeiro caso da história. Logo depois, foi a vez do Tornado Cash e, em 2023, do ChipMixer.

Então, agora, os congressistas americanos querem ir além, proibindo que empresas, como corretoras, recebam criptomoedas que passaram por qualquer mixer. Exceto os já penalizados, os mixers são legais atualmente.

Para Brad Sherman, esses serviços “ameaçam o sistema financeiro e a segurança nacional dos EUA”. Já Bill Foster comentou que mixers e outras ferramentas que aumentam o anonimato ajudam terroristas e outros criminosos a ocultar os rastros de seus crimes.

“Uma proibição temporária enquanto estudamos essa tecnologia nos ajudará a entender melhor como ela é utilizada para fins ilícitos. O mais importante é prevenir futuros atos de terrorismo financiados por criptomoedas e informar futuras políticas públicas.” – disse Casten.

Por fim, vale lembrar que os EUA prenderam recentemente os desenvolvedores da Samourai Wallet, uma famosa carteira de Bitcoin focada em privacidade. Após essas prisões, duas outras carteiras abandonaram o mercado americano citando pressão regulatória. 

Portanto, o recente projeto de lei tende a aumentar a pressão sobre o setor.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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