quinta-feira, novembro 21, 2024
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FED mantém taxa de juros e impacta mercado de criptomoedas

O Federal Reserve (FED) optou por manter sua taxa de juros principal estável, conforme anunciado nesta última quarta-feira (01). A decisão foi motivada pelo foco contínuo do banco central em combater a inflação, o que teve um impacto significativo no mercado de criptomoedas. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, afirmou que não pretende reduzir a faixa-alvo da taxa de juros. A única condição seria de que houvesse uma maior confiança de que a inflação esteja se movendo de forma sustentável em direção a 2%.

Criptomoedas são afetadas com essa decisão

Até o fechamento desse artigo, tanto o Bitcoin quanto o Ethereum registraram quedas, com o Bitcoin caindo 4,6% para US$57.600 e o Ethereum caindo 1,3% para US$2.945, de acordo com a CoinGecko. Além disso, o S&P 500 e o Nasdaq, ambos focados em tecnologia, também apresentaram pequenas quedas ao longo do dia de negociação.

Mas, apesar da tendência negativa no curto prazo, tanto o Bitcoin quanto o Ethereum mostraram pequenos aumentos nas últimas horas. O Bitcoin subiu 1% em uma hora após o anúncio, enquanto o Ethereum aumentou 2% no mesmo período.

Assim, a preocupação dos traders e do FED parece mesmo impulsionada por sinais de inflação persistente. Recentemente, esses temores aumentaram devido a um aumento mais forte do que o esperado na inflação e no crescimento dos salários no primeiro trimestre.

Então, a pressão sobre o preço do Bitcoin está sendo impulsionada pelas expectativas de mudança na taxa de juros, enquanto os ETFs de Bitcoin spot estão enfrentando entradas fracas. Já para o Ethereum, a pressão aumenta devido a uma batalha judicial em andamento nos EUA sobre seu status regulatório.

Portanto, apesar de a inflação ter diminuído dos picos de várias décadas em 2022, ela ainda permanece acima da meta do FED de 2% ao ano. A falta de mudança na inflação, que permaneceu em 3,5% nos 12 meses até março.

O FED mantém sua taxa de juros de referência em uma faixa-alvo entre 5,25% e 5,5% desde julho do ano passado, representando as taxas mais altas em mais de 23 anos.

Em resumo, taxas de juros mais altas, que podem desacelerar a economia por meio de custos de empréstimos mais altos. Elas geralmente são negativas para ativos de risco como ações e criptomoedas. 

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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