sábado, julho 27, 2024
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Nigéria acusa Binance de facilitar lavagem de dinheiro

O Supremo Tribunal da Nigéria, em Abuja, determinou que a Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, forneça à Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC) informações sobre todos os nigerianos que utilizam sua plataforma de negociação. Essa medida surge em meio à pressão do país sobre as bolsas de criptoativos, visando conter a especulação em torno da moeda nacional, a naira.

Nigéria detém dois executivos da Binance

A Nigéria recentemente proibiu diversos sites de negociação de criptomoedas e atribuiu a rápida desvalorização da naira à especulação, alegando que especuladores têm utilizado plataformas de criptomoedas para estabelecer um preço não oficial para a moeda nigeriana.

A ordem judicial vem após a prisão, sem acusações específicas, de dois funcionários da filial nigeriana da Binance: Tigran Gambaryan, um ex-agente do IRS especializado em rastreamento de criptomoedas, e Nadeem Anjarwalla, um cidadão do Reino Unido que é gerente regional da empresa para a África, com sede no Quênia.

Assim, segundo fontes familiarizadas com a situação, os dois estão detidos num complexo governamental, onde só podem usar seus telefones para contatar advogados e familiares. Os dois também permanecem sob vigilância desde 26 de fevereiro. 

Os acusados têm audiência marcada para esta quarta-feira, 20, e a comissão apresentou uma petição para prolongar a detenção. O tribunal afirmou que atendeu à exigência da EFCC para que a Binance entregasse informações dos usuários. A promessa era de que essas informações fossem parte de uma investigação mais ampla sobre lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo na plataforma. 

Então, os investigadores alegam ter informações que sugerem tais práticas na plataforma, mas não revelaram detalhes sobre as provas que possuem. O presidente do Banco Central da Nigéria, Olayemi Cardoso, expressou preocupação com o aumento da especulação. Sua maior preocupação é com a possibilidade de fundos ilícitos fluírem através das exchanges de criptomoedas. 

“No caso da Binance, só no último ano, US$ 26 bilhões passaram pela plataforma na Nigéria, de fontes e usuários que não conseguimos identificar.” – disse ele.

Portanto, após a detenção de seus executivos, a Binance suspendeu todos os serviços na Nigéria e bloqueou transações peer-to-peer. As negociações do naira contra bitcoin e moedas digitais tether em sua bolsa também foram suspensas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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