quarta-feira, dezembro 11, 2024
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Paypal propõe solução inovadora para mineração sustentável de Bitcoin

A gigante de pagamentos Paypal está se aventurando no mundo das criptomoedas. A empresa propôs uma solução inovadora para “acelerar a transição para energia limpa na mineração de Bitcoin”. A divisão de pesquisa em blockchain da Paypal, em colaboração com a organização sem fins lucrativos Energy Web e a mineradora de Bitcoin DMG Blockchain Solutions, lançou um artigo sobre a “Iniciativa de Mineração Verde”. A proposta é usar incentivos para motivar os mineradores a adotarem fontes de energia de baixa emissão de carbono.

Paypal lança incentivos em Bitcoin para mineração sustentável

A estratégia delineada no artigo envolve a identificação de “mineradores verdes” usando uma plataforma de validação chamada “Green Proofs for Bitcoin”. Assim, esses mineradores compartilham suas chaves públicas com um endereço de pagamento multi-assinatura.

As transações são direcionadas preferencialmente para esses “mineradores verdes”, transmitindo transações on-chain com taxas de transação baixas. Ou seja, um UTXO adicional é anexado a essas transações, com alguns bitcoins bloqueados no endereço de pagamento multi-assinatura.

Dessa forma, os mineradores que operam de forma sustentável podem identificar e incluir a “transação verde” no bloco, juntamente com uma “transação de resgate”. Esta vai permitir que eles recebam a recompensa adicional em BTC reservada no endereço de pagamento multi-assinatura. 

Segundo os pesquisadores da Paypal, “apenas o minerador verde que incluir a transação verde, a transação de resgate e minerar com sucesso o próximo bloco” receberá a recompensa adicional em Bitcoin.

Mas, mesmo com as baixas taxas de transação desencorajando a maioria dos mineradores, a recompensa adicional em Bitcoin incentiva os mineradores verdes a priorizar essas transações on-chain. Assim, aumenta-se a chance de direcionar as transações on-chain para esses mineradores.

Não há como mensurar o impacto ambiental da mineração

O impacto ambiental do Bitcoin tem sido um tema de destaque nos últimos anos. Grupos como o Greenpeace argumentam que o mecanismo de consenso proof-of-work da criptomoeda, que consome muita energia para validar blocos na rede.

Em 2022, ativistas ambientais lançaram a campanha “mude o código” com o objetivo de incentivar a comunidade do Bitcoin a substituir o mecanismo de consenso do Bitcoin pelo modelo de proof-of-stake. Este é menos intensivo em energia, utilizado por outras criptomoedas como o Ethereum.

Mas os defensores do Bitcoin, por outro lado, argumentam que a mineração poderia incentivar o uso de energia renovável. A energia renovável ajudaria a estabilizar as redes elétricas escalando as operações durante os horários de menor demanda.

A complexidade do debate aumenta quando se questiona a quantidade exata de energia que a rede Bitcoin consome. Diferentes estudos empregam uma variedade de metodologias para chegar às suas conclusões. Mas nenhum deles chegou a um consenso.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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