Depois de alguns dias estáveis e de uma queda acentuada na terça-feira (11), o Bitcoin começa a se recuperar. O ativo registrou uma alta de 1,3% nesta quarta-feira (12) e é cotado a US$ 67.910. De acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB), que é a referência brasileira, também registrou uma valorização de 1,3% e chegou a R$ 367.352.
Donald Trump e mineração de Bitcoin
Mas o destaque dessa quarta-feira foi a declaração do ex-presidente e possível candidato à presidência, Donald Trump. O mega empresário, após participar de um evento de campanha com mineradores de Bitcoin, afirmou que deseja “todo o Bitcoin restante feito nos EUA”.
Como essa declaração foi publicada em seu perfil na plataforma Truth Social, não há dúvidas de que a declaração seja realmente verdadeira. Ela foi dada em uma reunião com o CEO da Bitcoin Magazine, David Bailey, e executivos das mineradoras de BTC de capital aberto CleanSpark, Riot Platforms e Marathon Digital.
Mas analistas acreditam que seu discurso é mais para chamar a atenção dos investidores em cripto que, nos EUA, são mais de 60 milhões. Donald Trump busca uma nova chance na Casa Branca e o apoio da comunidade crpto pode fazer a diferença.
Todo esse esforço parece justificar, afinal, Donald Trump aparece com uma leve vantagem sobre o atual presidente Joe Biden, com 41% contra 40% do eleitorado. Com 9% da preferência, Robert F. Kennedy Jr., chega como candidato independente, e mantém a sua candidatura até o momento.
Trump acrescentou que produzir o suprimento restante de BTC nos EUA ajudará o país a ser “dominante em energia” e que “pode ser nossa última linha de defesa contra uma CBDC”. Ele jurou “nunca permitir” uma CBDC se for reeleito, mas não esclareceu como o aumento da mineração de Bitcoin poderia bloquear a criação de uma moeda digital do banco central.
Mineração da criptomoeda nos EUA
Trump pode ter se referido ao desejo de aumentar a parcela dos EUA no hashrate da rede Bitcoin. A mineração de criptomoedas não é necessariamente um problema, atualmente, o país responde por 38% do hashrate global de Bitcoin.
Assim, ainda de acordo com The Chain Bulletin, os concorrentes mais próximos são a China e o Canadá, com 21% e 6,5% respectivamente.
Ainda que os EUA elevem seu hashrate, os americanos não têm garantia de lucro maior, e mineradores de outros países podem receber Bitcoin como recompensa.
Essa ideia de aumentar a participação americana do Bitcoin não é recente. Em 2020, a Câmara de Comércio Digital enviou US$ 50 em BTC para todos os membros do Congresso. A Core Scientific, uma empresa americana de hardware de mineração, extraiu o BTC usado nessa ação.
Portanto, as declarações de Donald Trump sobre a mineração de Bitcoin parecem se encaixar perfeitamente no contexto atual do mercado vive. Além de fazer todo sentido, com a aproximação de mais uma eleição, o setor cripto dos EUA pode fazer a balança pesar para qualquer lado.
O que parece, é que vai vencer quem for mais convincente e coerente nas propostas em relação aos criptoativos.