domingo, novembro 24, 2024
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Arkansas vai introduzir taxas para mineradores de Bitcoin

O Senado do Arkansas, nos Estados Unidos, aprovou uma resolução que propõe a cobrança de taxas aos mineradores de criptomoedas, como o Bitcoin, por seu alto consumo de energia. A notícia foi divulgada pelo Arkansas Times na última segunda-feira (15).

O Uso das Taxas dos Mineradores de Bitcoin

A proposta legislativa apresenta uma estrutura de taxas progressivas para as mineradoras:

  • Mineradores que consomem de 1 MW a 2,49 MW de energia receberão uma taxa de US$ 25.000
  • Mineradores que Consomem Entre 2,5 MW e 4,99 MW de energia receberão uma taxa de US$ 50.000
  • Mineradores que Consomem de 5 MW a 10 MW de energia receberão uma taxa de US$ 75.000
  • Aqueles que ultrapassam os 10 MW terão taxados em US$ 100.000

Além disso, a proposta determina que os recursos arrecadados sejam destinados a órgãos como a Secretaria de Valores Mobiliários do Estado, a Procuradoria-Geral da República e a Secretaria de Energia e Meio Ambiente

Assim, essas agências usariam os fundos para cobrir despesas operacionais e de pessoal, além de supervisionar as atividades de mineração de ativos digitais.

O senador Bryan King está à frente desse esforço, com sete resoluções já garantindo a necessária maioria de dois terços no Senado.

As atividades dos mineradores têm atraído a atenção de reguladores e legisladores devido ao seu alto consumo de energia. Por isso, para evitar qualquer suposto impacto das redes elétricas e as emissões de carbono ao meio ambiente, o governo quer prevenir.

Noruega adota políticas rigorosas com mineradoras

Grupos pró-Bitcoin, como o Texas Blockchain Council, defendem visões alternativas sobre o uso de energia na mineração de Bitcoin. Eles argumentam que os mineradores de Bitcoin são benéficos para a rede energética, pois têm a capacidade de adaptar e reduzir a demanda, ao contrário dos data centers tradicionais.

Portanto, a ação legislativa do Arkansas está alinhada com uma tendência mais ampla de governos que estão endurecendo as regulamentações sobre a mineração de criptomoedas.

A Noruega, por exemplo, implementou recentemente regras mais rigorosas para centros de dados (leia AQUI). O país agora exige registro e divulgação detalhada de propriedade e serviços. 

Essas regras afetam indiretamente os mineradores de Bitcoin, submetendo-os a um escrutínio mais rigoroso.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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