sábado, setembro 7, 2024
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Autoridades confiscam R$ 13 bilhões em Bitcoins após tentativa de compra de mansão

Autoridades do Reino Unido surpreenderam o cenário das criptomoedas esta semana ao anunciar o confisco de 61.000 bitcoins, avaliados em impressionantes R$ 13,1 bilhões. O caso revelou uma trama complexa de lavagem de dinheiro envolvendo um aparentemente simples trabalhador de restaurante e uma fugitiva chinesa acusada de um golpe bilionário.

“Laranja” comprava bitcoins com fundos ilegais. Imagem: Google Maps

“Laranja” comprava bitcoins com fundos ilegais

Jian Wen, de 42 anos, inicialmente parecia um cidadão comum, vivendo uma vida modesta e trabalhando em um restaurante. No entanto, as autoridades descobriram que Wen estava servindo como um “laranja” para Zhimin Qian, uma criminosa chinesa acusada de um golpe de R$ 31,4 bilhões entre 2014 e 2017. Então, Qian, agora conhecida como Yadi Zhang no Reino Unido, fugiu para lá após o golpe.

Assim, o esquema elaborado por Qian envolvia a compra de bitcoins com os fundos obtidos ilegalmente na China. Wen, desempenhando o papel de “laranja”, ajudava Qian a converter os bitcoins em ativos tangíveis, como dinheiro, jóias e produtos de luxo. 

Então, a farsa começou a desmoronar quando Wen tentou adquirir uma mansão avaliada em R$ 144 milhões, chamando a atenção das autoridades britânicas.

Durante uma audiência, Wen tentou justificar a posse dos bitcoins, inicialmente afirmando que foram minerados. Mas, posteriormente, alegou tê-los recebido como um “presente de amor” de Qian. Embora Wen não seja acusado diretamente pelo golpe na China, enfrenta acusações relacionadas à lavagem de dinheiro.

Lavagem de dinheiro é algo comum com as criptomoedas

O caso de lavagem de dinheiro não é único no cenário internacional das criptomoedas. Na Alemanha, esta semana, 50.000 bitcoins foram confiscados de uma dupla envolvida em um site de pirataria de filmes. O valor atinge R$ 10,8 bilhões, levando o governo alemão a considerar os próximos passos.

Nos Estados Unidos, a Agência Antidrogas (DEA) protagonizou sua maior apreensão de criptomoedas, confiscando 8.100 bitcoins, avaliados em US$ 1,6 bilhão. 

Simultaneamente, a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) processou os líderes de uma pirâmide financeira que movimentou o equivalente a R$ 8,4 bilhões.

Portanto, esses eventos destacam a crescente vigilância global sobre movimentações bilionárias envolvendo criptomoedas. Assim, seja desvendando crimes antigos ou processando esquemas atuais, as autoridades demonstram que as criptomoedas, como o bitcoin, não são refúgios seguros para atividades criminosas. 

Por sim, a transparência proporcionada pelas criptomoedas está evidenciando um lado obscuro de práticas ilegais. Não é à toa que há países do mundo todo estejam criando regulamentação no universo das moedas digitais.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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