A Bolsa de Valores brasileira (B3), está próxima de disponibilizar para o mercado o contrato futuro de Bitcoin (BIT), após aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (28). A expectativa é que o produto esteja disponível a partir do dia 17 de abril, sujeito à aprovação de um manual operacional pela CVM.
B3 vai garantir a segurança do investimento em Bitcoin
A B3 lançou o contrato futuro de Bitcoin após adiamentos devido à análise regulatória. Mas, inicialmente, era previsto para junho do ano passado, foi adiado para o segundo semestre e, agora, para 2024.
Assim, com esse lançamento, a B3 expande sua oferta no mercado de criptomoedas, que já conta com 14 ETFs e BDRs de ETFs relacionados ao mercado de criptomoedas. O Futuro de Bitcoin é mais uma alternativa para os investidores diversificarem suas estratégias.
Isso vai permitir proteção da oscilação de preços da criptomoeda ou a exposição direcional ao ativo, com a segurança de operar no ambiente da B3. O contrato futuro de Bitcoin será baseado no índice Nasdaq Bitcoin Reference Price, conforme sinalizado desde 2022.
Então, cada contrato terá o valor equivalente a 0,1 bitcoin, representando 10% do valor da criptomoeda em reais. Os contratos terão vencimento mensal e a liquidação será exclusivamente financeira, ou seja, não haverá compra e venda de criptomoedas. Os resultados financeiros das negociações ocorrem com base na variação de preço da Bitcoin.
Pagamentos no mercado futuro terão ajustes diários
No lançamento, o contrato futuro de Bitcoin contará com formadores de mercado. Eles são agentes que negociam o produto e ajudam a trazer liquidez e confiabilidade para a formação de preços.
Assim, para negociar o futuro de bitcoin, os investidores de varejo precisarão depositar na corretora uma margem mínima de R$ 100 por contrato. Os investidores que mantiverem posições nos contratos até o final do pregão deverão depositar o equivalente a 50% do valor do contrato como garantia.
Portanto, o mercado futuro também envolve o pagamento de ajustes diários, de acordo com a oscilação do preço do contrato durante o pregão. Dessa forma, o vencimento do contrato ocorre sempre na última sexta-feira do mês, permitindo que os investidores possam montar estratégias com prazos diferentes sobre o mesmo ativo.