sábado, julho 27, 2024
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Empresa que trocava imagem da íris por criptomoedas foi suspensa

A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) determinou que é ilegal o recolhimentoi de dados pessoais pela empresa Worldcoin, na Espanha, em troca de criptomoedas. Em conferência de imprensa em Madrid, a presidente da AEPD, Mar España, anunciou a suspensão da atividade da empresa no país.

Imagem: Pexels / Danish Ahmad

Aqueles que trocaram seus dados por criptomoedas não sofrerão prejuízos

Quatro queixas levaram a AEPD a iniciar a investigação contra a Worldcoin. A empresa vinha realizando a captura digital da íris de pessoas em diversos países, incluindo Portugal. Pelas informações a empresa dava criptomoedas no valor de aproximadamente 70 euros.

A Worldcoin alegava que os dados recolhidos eram anônimos e que as pessoas mantinham o controle sobre eles. No entanto, a AEPD decidiu suspender a atividade da empresa na Espanha, de forma cautelar, até a conclusão da investigação.

A presidente da AEPD destacou que esta é a primeira vez que a agência toma uma medida cautelar dessa natureza antes da conclusão da investigação. Mar España enfatizou a importância de proteger os direitos das pessoas e evitar danos potencialmente irreparáveis.

As queixas recebidas pela AEPD levantaram preocupações sobre a informação fornecida às pessoas que se submetiam ao processo. O recolhimento de dados de menores de idade e a falta de possibilidade de revogar o consentimento dado à empresa eram os principais motivos das reclamações.

Mar España também tranquilizou aqueles que forneceram seus dados à Worldcoin. A AEPD vai garantir o bloqueio dos dados biométricos recolhidos. Assim, a empresa não terá como fazer uso desses dados.

De qualquer forma, a maior preocupação da presidente da AEPD era com os jovens e os menores sobre os riscos de ceder dados pessoais e biométricos. Ou seja, dados biométricos são ferramentas de segurança e intransferíveis, pois podem ser usados para roubo de identidade ou aplicar algum golpe.

Em resumo, a Worldcoin, nesse caso dos dados e criptomoedas envolvidas, enfrenta sanções que podem chegar a 20 milhões de euros. Essa multa é somente na Espanha caso continue a recolher dados dos cidadãos.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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