sábado, julho 27, 2024
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FTX, depois de recuperar bilhões de dólares, deve ressarcir clientes

A FTX, uma das principais exchanges de criptomoedas, surpreendeu o mercado ao acumular bilhões além do necessário para ressarcir os clientes após seu colapso em novembro de 2022. Os usuários que tiveram suas criptomoedas presas na corretora deverão recuperar a totalidade dos valores perdidos.

Nova administração da FTX reverte a situação da empresa

O excedente será usado para pagar juros aos mais de 2 milhões de investidores da corretora. Alguns credores poderão recuperar até 142% do que lhes é devido, dependendo do tipo de crédito que detêm. 

A FTX informou que a maioria dos clientes provavelmente receberá 118% do que possuíam na plataforma no dia da falência.

De qualquer forma, o desfecho é surpreendente e raro para casos de falência, sendo comparado ao caso Enron e ao esquema de Bernie Madoff. “Em qualquer falência, esse é um resultado inacreditável.” – disse o atual CEO da FTX, John Ray.

Assim, após a venda de todos os seus ativos, a FTX terá até US$ 16,3 bilhões para distribuir. A empresa deve cerca de US$ 11 bilhões a clientes e outros credores não governamentais. 

Então, os pagamentos deverão ocorrer ao longo de vários meses, à medida que a FTX avança nos estágios finais do processo de falência.

Desde que assumiram a FTX, os novos administradores rastrearam os ativos da empresa e desvendaram uma rede de contas espalhadas pelo mundo todo. 

O aumento do montante se deve principalmente a uma valorização geral nos preços de várias criptomoedas, incluindo a Solana (SOL), um token fortemente apoiado por Sam Bankman-Fried, fundador da FTX condenado a 25 anos de prisão.

Mas não foi só isso, a empresa também vendeu dezenas de outros ativos, incluindo vários investidos por meio do seu braço de venture capital. Entre os ativos, uma participação na empresa de inteligência artificial Anthropic. 

A empresa pagará todas as dívidas integralmente e com juros, mas não deixará nada para os acionistas.

Portanto, a FTX também propôs a criação de um fundo para pagar alguns credores, incluindo aqueles que emprestaram criptomoedas à empresa. A decisão final deve sair para este ano.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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