A Microsoft surpreendeu negativamente o mercado na última terça-feira (04) e realizou demissões em massa em sua equipe do projeto de realidade mista e metaverso. A equipe era responsável pela fabricação dos óculos HoloLens 2 há cinco anos. A gigante da tecnologia se manifestou publicamente sobre o porquê das demissões, mas isso é visto como um sinal claro de que a tecnologia não atingiu o sucesso esperado.
Microsoft entrou nesse mercado em 2019
A Microsoft não divulgou o número exato de demissões, mas estima-se que cerca de 1,5 mil pessoas tenham sido desligadas.
Um porta-voz da Microsoft explicou os cortes: “As demissões foram ajustes organizacionais e a força de trabalho é uma parte necessária para regular a gestão do negócio. Vamos continuar a priorizar e investir em áreas estratégicas de crescimento para o nosso futuro e no apoio aos nossos clientes e parceiros.”
Em 2019 teve inícia a caminhada da Microsoft na realidade virtual com o lançamento do HoloLens 2. O preço inicial chegou a assustar um pouco, US$ 3,5 mil, mas chegou ao mercado antes do Apple Vision Pro, que também teve um preço semelhante.
No entanto, nem o Meta Quest 3, da Meta, nem o HoloLens 2 da Microsoft conseguiram se destacar. Mas o Apple Vision Pro, mesmo sendo muito esperado, também está enfrentando uma demanda abaixo do esperado nos EUA, segundo estimativas de analistas.
De qualquer forma, a reestruturação da Microsoft ocorre em um momento crucial. O Exército dos Estados Unidos, seu maior cliente, está iniciando os testes finais este ano de seus óculos de realidade mista. O “Integrated Visual Augmentation System” (IVAS) é todo baseado no HoloLens 2.
Mas, apesar dos desafios enfrentados, a Microsoft afirmou em comunicado estar comprometida com o programa IVAS do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
A empresa, que já teve dificuldades com outros dispositivos como o Zune e o Lumia, continua a buscar inovações, mesmo com obstáculos no caminho.