segunda-feira, setembro 16, 2024
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O impacto ambiental das criptomoedas

As criptomoedas, quer você queira, ou não, já fazem parte do sistema financeiro mundial. Os maiores bancos do mundo já estão comprando ativos, como o Bitcoin. Mas você sabe como é feita a mineração das criptomoedas e porque o processo de mineração é tão agressivo ao meio ambiente? Neste artigo, vamos explorar como a mineração de criptomoedas é feita, as consequências para o planeta e quais alternativas sustentáveis estão surgindo.

Mineração de criptomoedas: consumo energético e desafios

A mineração de criptomoedas é conhecida pelo seu alto consumo de energia. Elas são feitas em enormes galpões de computadores, conhecidos como “fazendas de mineração” e são o coração desse processo. 

Ou seja, essas instalações abrigam centenas ou até milhares de máquinas especializadas, chamadas ASICs (Circuitos Integrados de Aplicação Específica) ou GPUs (Unidades de Processamento Gráfico)

Elas trabalham 24 horas por dia para resolver algoritmos complexos. Cada máquina é uma pequena fornalha elétrica e quando trabalhadas juntas em grandes quantidades, consomem uma energia colossal. As máquinas consomem energia tanto para realizar os cálculos quanto para se manterem refrigeradas. 

O modelo Proof of Work (PoW), adotado por muitas criptomoedas, exige essa capacidade computacional intensiva. Assim, a mineração assegura tanto a segurança do processo quanto a validação das transações. 

O processo é um verdadeiro teste de força, onde o consumo energético é um subproduto inevitável da busca pela moeda digital. Segue abaixo um resumo dos principais pontos do processo de mineração:

1. Transações na Blockchain:

  • Sempre que uma pessoa envia uma criptomoeda para outra, o sistema registra essa transferência em um bloco na blockchain.
  • Esse bloco é “selado” com um identificador, funcionando como um cadeado digital.

2. Prova de Trabalho (PoW):

  • A mineração envolve resolver problemas matemáticos complexos usando poder computacional.
  • Os mineradores competem para resolver esses problemas. Entáo, o o primeiro a encontrar a solução recebe uma compensação na forma de taxas de processamento de transações.

3. Impacto Ambiental:

  • O Bitcoin, por exemplo, utiliza o modelo PoW e consome tanta energia quanto a Argentina.
  • Cerca de 65% dos mineradores de Bitcoin estão na China, onde grande parte da energia provém do carvão.

Alternativas sustentáveis para um processo mais eficiente

Mas nem todas as criptomoedas têm o mesmo impacto ambiental. Pois algumas buscam tecnologias alternativas para reduzir o consumo energético:

1. Fontes Sustentáveis de Energia:

  • Alguns projetos usam energia proveniente de fontes renováveis, como solar e eólica.
  • Isso reduz o impacto ambiental e torna a mineração mais sustentável.

2. Protocolos de Consenso Mais Econômicos:

  • Alguns projetos estão explorando alternativas ao PoW, como o Proof-of-Stake (PoS), que consome menos energia.
  • O PoS baseia-se na participação dos usuários, não na capacidade computacional.

Portanto, o impacto ambiental das criptomoedas não é irreversível. Com esforços contínuos para adotar práticas mais sustentáveis, podemos equilibrar a inovação tecnológica com a preservação do nosso planeta.

Assim, a busca por eficiência energética e a conscientização sobre o impacto ambiental são passos cruciais para garantir que as criptomoedas sejam uma força positiva no cenário global.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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