Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Borel, localizada na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro (RJ), encontraram na última quarta-feira (6) uma ligação clandestina de energia elétrica, popularmente conhecida como “gato”. Até aí, nenhuma novidade se essa fonte de energia não fosse para alimentar 16 estações de mineração de Bitcoin (BTC) no Morro da Cruz.
Mineração de Bitcoin não é simples
Durante um patrulhamento de rotina, os policiais da UPP Borel notaram algo incomum em uma residência: uma quantidade incomum de exaustores em pleno funcionamento. A suspeita de atividade ilegal levou os agentes a baterem à porta, sendo atendidos por uma mulher, que atribuiu a propriedade dos equipamentos ao companheiro e ao irmão.
Os envolvidos, após prestarem depoimento, foram liberados e enfrentarão acusações por furto de energia elétrica.
O processo de mineração de Bitcoin é muito complexo e exige alto poder computacional. Por isso um consumo elétrico fora do normal. As estações de mineração descobertas estavam operando de forma clandestina, sem pagar pela energia consumida.
A perícia foi acionada para investigar o caso, que foi encaminhado para a 19ª DP. Essa não é a primeira vez que atividades relacionadas à mineração de Bitcoin são alvo de investigação no Brasil.
Em novembro do ano passado, a Receita Federal (RF) apreendeu R$ 43 mil em equipamentos de mineração de Bitcoin no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (PR), durante a Operação Fronteira.
Mas um homem de 30 anos, residente em Vitória (ES), foi flagrado tentando embarcar para o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) com os equipamentos. Então, a suspeita recaiu sobre ele por supostos crimes fiscais, relacionados à importação dos equipamentos. Aparentemente não havia o pagamento dos impostos devidos sobre a compra, conforme reportado pelo Cointelegraph Brasil.
Porém, é importante ressaltar que minerar Bitcoin não é ilegal no Brasil. No entanto, não teriam pago os impostos exigidos pela importação desses equipamentos nesse caso específico.
